Nova produção do Teatro Oficina a 3D, Pigmalião, vai estar em cena de 10 a 14 de Março, no Centro Cultural Vila Flor, Guimarães.
“Pigmalião”, de Pedro Mexia, com encenação de Marcos Barbosa, é a mais recente produção do Teatro Oficina, que se destaca pelo facto de ser apresentada em 3 dimensões, recorrendo a uma tecnologia pioneira, utilizada pela primeira vez em Portugal numa peça de teatro.
A peça estreia no próximo dia 10 de Março, no Pequeno Auditório do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, ficando em cena de 10 a 13 de Março, às 22h00, e no dia 14 de Março, às 17h00. Neste espectáculo, arte e ciência, teatro e tecnologia, unem-se para contar uma história, transformando a ficção científica de ontem no modo de representar hoje a realidade. “Pigmalião” é a primeira peça de teatro, em Portugal, a recorrer a uma tecnologia pioneira baseada na tridimensionalidade. À entrada da sala serão entregues óculos 3D que transmitem uma imagem diferente para cada olho, alterando assim o ângulo de cada um deles e fazendo com que o cérebro crie a ilusão de profundidade.
A peça é uma variação sobre a história de Pigmalião e Galateia, contada por Ovídio nas “Metamorfoses”: um escultor solitário e esteta constrói uma estátua da mulher perfeita, apaixona-se por ela, e vê depois a estátua transformada numa mulher real. Através deste mito é explorada a ideia da “invenção do feminino”. Partindo de Ovídio, e das várias traduções portuguesas e estrangeiras, este espectáculo tridimensional faz da estátua um programa de computador e da Galateia um holograma. Já com Galateia materializada em pessoa, contesta-se a ideia da “mulher perfeita” e questiona-se o facto de ter sido “inventada” pelo homem. Do lirismo da homenagem ao mito, caminha-se para a crítica e ironia.