Exposição de Thomas Helbig na Galeria Mário Sequeira até 20 de Janeiro.
A exposição conta com um importante conjunto de pinturas e esculturas recentemente produzidas e muito significativas.
Thomas Helbig (Rosenheim, Alemanha, 1967), estudou na Real Academia de Belas Artes, de Munique, e na Goldsmith College, Universidade de Londres. Apresentou já inúmeras exposições em museus e galerias, entre as quais se destacam as recentemente realizadas na Oldenburger Kunstverein, no ICA - Institute of Contemporary Arts, Londres, e Museum Abteiberg, de Mönchengladbach.
“À primeira vista, as esculturas de Thomas Helbig parecem ser ruínas futurísticas - achados bizarros e dispersos, porventura sugestivos de alguma remota civilização gótica que glorificaria a sua defunta autoridade. Na realidade, são elaboradas a partir de escombros contemporâneos, objectos e peças soltas encontrados em caixotes do lixo e em mercados de rua. O estúdio de Helbig é um laboratório de invenções em que o objecto efémero da vida quotidiana é desfeito e remontado com materiais de construção, para criar tótemes de poder fictício. Através deste processo de abstracção, Helbig apresenta-nos as soluções formais como escapismo literário, desenhando uma mitologia intemporal a partir do quotidiano. Utilizando os contrastes de textura dos materiais, as esculturas de Helbig criam abstracções biomórficas que oscilam entre vestígios carbonizados e fossilizados e da ficção científica. Ao encrustarem suaves formas moldadas em materiais globulares e ásperos, possuem um fisicismo táctil, em conflito com elas mesmas: frágeis e brutais, elevadas e primitivas. Pintadas com tinta negra muito brilhante, as esculturas de Hebig são simultaneamente sinistras e bem-humoradas, sugerindo narrativas encantadoras e abjectas.
Ao levarem ainda mais longe as ideias de reorganização sistemática presentes nas suas esculturas, as pinturas de Thomas Helbig são, muitas vezes, derivadas de imagens e metodologias respigadas de livros de formação artística. Deixando a lição a meio, Helbig omite as últimas etapas: as suas telas, que sugerem paisagens ou retratos, transformam-se em abstracções ansiosas, baseadas, em partes iguais, em impressões estéticas e uma formulação subversiva. As pinturas de Thomas Helbig abordam a abstracção com uma subtil intimidade. Montadas em desajeitadas molduras feitas à mão, as suas telas exalam uma autoridade contemplativa que abarca a alta cultura e o artesanato. Imperiosas pelo dinamismo da pintura, as abstracções de Thomas Helbig esforçam-se por capturar a essência do poder. Nas suas cruas telas, Helbig alude às inflexíveis forças da natureza e aos modos de representação utilizados para pôr rédeas à sua vastidão. Estilisticamente, Helbig recicla a história da arte, usando a linguagem visual como uma ideologia de reflexão: dos subtextos da abstracção ao espiritualismo da romantismo. Em 2008, numa entrevista pessoal, Thomas Helbig explicou: “Gostaria de transportar as coisas para o desconhecido. O meu trabalho não é sobre o reconhecimento. Esse tipo de abstracção não me interessa. Nem o simbolismo. Tal ilusionismo leva ao vácuo.”
Helbig vê as formas modernistas, por assim dizer, como restos que acabam por ser os rudimentos de uma linguagem passada e que, apesar disso, podem ainda desenvolver uma força rebelde e inspiradora. Para ele, o seu potencial espiritual não está de modo algum esgotado. Apenas precisam de ser desconstruídos e convertidos numa nova realidade.
Exposição Presépio e Natal na Junta de Freguesia de S. Víctor até 04 de Janeiro.
Presépio e Natal é uma exposição de trabalho colectivo concebido pelos(as) alunos(as) do 'Curso de Artes Decorativas' da Monitora Cristina Aguiar. Trabalho apresentado com a técnica 'biscuit – cerâmica fria'.
Novas da Negra Sombra na Galeria da Universidade Museu Nogueira da Silva, até dia 30 de Dezembro.
Trata-se de uma exposição colectiva de trabalhos de artistas galegos finalistas de Belas Artes da Universidade de Vigo. Esta mostra pretende dar a conhecer as criações inéditas e recentes das novas gerações da arte galega.
Surrounded Places, pelo Colectivo Unsinn, até dia 30, na Velha-a-Branca, Estaleiro Cultural.
Neste projecto de pintura, a paisagem funciona como um campo de intervenção onde a imagem é resíduo da acção e a pintura é uma experiência física e conceptual.
Animação pela Associação TIN.BRA do livro Ninguém dá Prendas ao Pai Natal, de Ana Saldanha e ilustrado por Madalena Matoso, da Editorial Caminho, dia 19 de Dezembro, às 11h30, na Centésima Página.
O próprio título pisca o olho ao pequeno leitor, apresentando-lhe um «mundo às avessas» em que o Pai Natal está triste porque ninguém lhe dá prendas. Entram depois em cena, trazendo-lhe presentes, figuras de contos tradicionais que as crianças conhecem bem: o Capuchinho Vermelho, a Gata Borralheira, o João Ratão, a Bruxa da Casinha de Chocolate, a Raposa e o Lobo Mau. Esta pequena história, marcada por um humor subtil, acaba de modo feliz, com todos participando numa inédita ceia de Natal.
Sessão de autógrafos e apresentação do livro O Grande Feiticeiro Amarelo, de Helena Osório com ilustrações inéditas do pintor Júlio Resende, da Animedições Editora de Arte e Literatura, dia 19 de Dezembro, às 15h00, na Centésima Página.
O conto, inspirado na obra de Júlio Resende em Goa, com desenhos seus inéditos, fala de um cavaleiro amarelo que se veste de ouro e não sabe sorrir. Ele vai buscar 1001 mulheres a Goa para habitarem a muralha da China onde vive com 1001 cavalos especiais – daqueles que os Portugueses, no tempo dos Descobrimentos, transportam nas suas pesadas embarcações, conhecidas por Carrancas, e à mistura com móveis indo-portugueses, rinocerontes e outras preciosidades exóticas. O cavaleiro ostenta um anel mágico que o faz viajar através de um nevoeiro verde e, assim, rapta1000 goesas que dizem ser as mais fiéis e belas do Mundo (exaltadas por Camões). Rapta-as apenas para lhes oferecer um dos seus valiosos cavalos e para as tratar bem.
Lançamento de álbum de música de contemplação - com Taças Tibetanas & Gongos - e de imagens de uma viagem pelo Norte da Índia, de Ana Taboada, dia 18 de Dezembro, às 18h30. Após pequena conversa, Ana Taboada tocará ao vivo, durante aproximadamente 0h15min, o emblemático Gongo Tam-Tam, um dos instrumentos envolvidos neste CD.
«Escutar, contemplar, meditar… sem julgar, sem analisar… até chegarmos ao silêncio… uma viagem mental… uma metáfora sonora».
Um Capucho, Dois Lobos e um Porco Vezes Três, dia 20, Domingo, às 16h00, e dia 21, Segunda-feira, às 11h00 e às 15h00. Sempre na sala principal do Theatro Circo.
Lê-se duas histórias e fica-se a matutar: Então não é que não só o capuchinho viaja descaradamente de uma história para a outra como os dois lobos, na sua desgraçada e mal fadada brutidade ferina, se não são parentes são de certeza aparentados. E os porcos? Claramente trigémeos apatetados. Agressores e vítimas trocam agilmente de lugar, nem a menina é tão indefesa, Ui! Longe disso, nem o lobo é tão bestial, nem o porco é tão feliz no final. E o que é que se faz a seguir? Constrói-se uma imagética tão soberbamente rica, tão visualmente deliciosa, tão, mas tão, inspiradora que ainda mais longe faz a imaginação viajar. Acrescentando mais um ponto aos contos originais e tecer aí uma nova e original trama. Apresentando um versejar único, original e, espante-se, porque não em forma de canção? Cançonetas vividas e criadas quase como se de um devaneio onírico se tratasse, apresentadas tanto em filme como ao vivo, em palco e sempre com uma pontinha de Rock&Roll reinventado, de Pop alterado, de fervor musical misturado. Fazendo as histórias vibrar desbragadas, com humor e com malícia, apresenta-se um espectáculo alegremente transdisciplinar em que 3 intérpretes se desdobram e se transformam, em que encarnam e povoam palavras versejantes, músicas dançantes e imagens em movimento delirantes.
Direcção artística, concepção musical e textos originais: Sónia Baptista | Intérpretes e co-criadores: Sónia Baptista, Miguel Bonneville e Rogério Nuno Costa | Vídeo: Sérgio Cruz | Assistente de realização: Micaela Fonseca | Direcção musical: Alex Alves Tolkmitt | Desenho de luz: Pedro Machado | Cenografia e adereços: Nuno Coelho, Célia Esteves e Sónia Baptista | Fotografia: Rui Ribeiro | Produção executiva: João Lemos | Co-produção: Ninho de Víboras, FCD/Teatro do Campo Alegre, Teatro Maria Matos e Festival Temps d'Images.
Concerto de Natal - “Cantata de Natal” de B. Harlan, pelo Ensemble Instrumental e Coro de Crianças da ArtEduca – Conservatório Regional de Música de V.N. de Famalicão, dia 19, Sábado, às 21h30, e dia 20, Domingo, às18h00. No grande auditório da Casa das Artes de Famalicão. O Concerto é para toda a família.
A Casa das Artes reveste-se do espírito de Natal com as canções que não podiam faltar nesta época, reinventadas nas vozes e no talento dos alunos da ArtEduca, numa parceria das duas Instituições.
A "Cantata de Natal" de B. Harlan, serve de pretexto para reunir em quatro Suites as melodias obrigatórias da noite mais mágica do ano. O objectivo é contagiar o público com o espírito natalício e contribuir para um mundo mais solidário.
O brinquedo ou bem alimentar reverte a favor da 12ª Campanha de Natal da ASSUL - Associação de Acção Social da Universidade Lusíada, com o propósito de ajudar as famílias mais carenciadas do Concelho de VN Famalicão.
Monstro Mau, no pequeno auditório do Theatro Circo, dia 18, às 22h00.
O "Lixo" surge como hino à imperfeição, ao defeito como feitio e, sobretudo, como apelo à reutilização de pessoas, de valores, de objectos. É uma contestação à sociedade de consumidor (leia-se consumo e dor) que rejeita e encaminha para o "Lixo" todos os defeituosos (objectos ou seres vivos), ainda que muita utilidade reste neles.