Entre os Dedos. Longa-metragem de Tiago Guedes e Frederico Serra que o Cineclube de Joane passa a 08 Janeiro.
Segunda longa-metragem de Tiago Guedes e Frederico Serra, depois de "Coisa Ruim" e, tal como este, com argumento do jornalista e romancista Rodrigo Guedes de Carvalho, "Entre os Dedos" é a história de um conjunto de pessoas que agora se limitam a sobreviver dentro do destino que lhes coube. Mas enquanto uns desistem e deixam cair os braços, outros resistem, esbracejam e lutam, recusando-se a deixar-se conformar.
Depois de uma derrocada numa obra, Paulo perde o emprego porque denunciou a situação. A sua relação com a mulher vai piorando dia após dia. Anabela, a irmã de Paulo, vive com o pai de ambos, que sofre de síndrome do Ultramar. Bela é enfermeira e o único conforto de um doente terminal.
O filme é protagonizado por Filipe Duarte, Isabel Abreu, Lavínia Moreira e Gonçalo Waddington, entre outros.
Cineclube de Joane
Sala de exibições
Pequeno auditório
Casa das Artes de V. N. de Famalicão
Parque de Sinçães - V. N. de Famalicão
Ficha Técnica
Título original: Entre os Dedos (Portugal, 2008, 100 min.)
Realização: Tiago Guedes, Frederico Serra
Interpretação: Filipe Duarte, Luís Filipe Rocha, Gonçalo Waddington
Produção: Paulo Branco
Argumento: Rodrigo Guedes de Carvalho
Direcção de Fotografia: Paulo Ares
Montagem: Mair Tavares e Mariana Gaivão
Som - Pedro Melo
Música - Jorge Coelho
Distribuição: Atalanta Filmes
Estreia: 23 de Outubro de 2008
Classificação: M/16
Nota de intenções
"Mal e bem, certo e errado, preto e branco. Será algures no meio destes extremos que todos nos situamos. Nas falhas, nas limitações, nas imperfeições, vamos tentando sobreviver no meio de todo este ruído, à procura uns dos outros com cada vez menor capacidade de sentir, de nos vermos, de nos ouvirmos ou de nos tocarmos. Uma incomunicabilidade crescente que vai passando de pais para filhos, dividindo por todos a responsabilidade de sermos o que somos, de agirmos como agimos. E é esse legado de desamor e apatia que vai passando de gerações
para gerações, onde somos todos vitimas e carrascos, e uns se afogam e deixam ir, enquanto outros esbracejam com todas as forças para se manter à tona, em busca de uma redenção qualquer, de um significado qualquer, que nos permita coabitar com a irreversibilidade desta nossa tão frágil condição humana."
Tiago Guedes e Frederico Serra