A Árvore e a DST apresentam o I Simpósio de Escultura DST – Arte na Cidade. De segunda a sexta, até dia 3 de Outubro.
São quatro os artistas convidados – João Antero, Jorge Pé-curto, Vítor Ribeiro, Volker Schnüttgen – que vão participar neste simpósio, tendo como assistentes os escultores Fernando Almeida, Tiago Reis, Nuno Bettencourt.
A escolha dos artistas, tal como noutros simpósios organizados pela Árvore, apoiou-se em critérios que resultam, não só no reconhecimento dos seus percursos artísticos, como também na experiência e facilidade de adaptação a este tipo de iniciativa.
A manifestação de que a Arte é também um espaço público, em que a população testemunha o nascimento da obra, garante a adesão e o sucesso desta iniciativa.
João Antero propõe uma obra pensada para um espaço de recepção com características e valores artísticos constestáveis, visto ser uma zona de passagem e de espera…
O factor surpresa (flash) é preponderante, de modo que a ideia de uma “Onda Orgânica” elaborada em madeira, fixada na parede, numa arquitectura de teor minimalista vai, concerteza, intimar e enriquecer o espaço ambiente na sua envolvente.
Neste sentido, o espectador é convidado a questionar… segundo as referências do seu universo. Será um lugar de meditação (oratório) mas, acima de tudo, que a espontaneidade de uma interpretação seja meta a conquistar.
Para Jorge Pé-Curto a temática que inspira a concepção deste projecto é o engenho do homem posto nas técnicas de construção.
Procura explorar plasticamente o processo construtivo e o rigor técnico que lhe está associado, aspectos estes que estarão presentes na realização da própria escultura.
A escultura é formada por dois volumes, um tronco de cone que intersecta um plano recortado. O equilíbrio algo instável do conjunto procura provocar um efeito dinâmico.
A face externa do plano é modelada de forma convexa enquanto a anterior é plana.
Vítor Ribeiro realizará uma escultura que terá as medidas finais de 290 x 330 x 140 cm, executada em granito cinzento.
A "Árvore do Conhecimento" evoca os primórdios da humanidade. Há todo um caminho a percorrer para se chegar até ela.
O espaço vazio é o culminar dum desejo, o conhecimento.
Do ponto de vista da composição, ela torna-se dinâmica devido à assimetria do perfil, devendo a forma ser adequada ao granito (com notas de esboço).
Deverão surgir apontamentos de frutos (na copa) e algumas folhas caídas pelo chão.
Volker Schnüttgen, executará uma escultura com cerca de 220 x 350 x 160 cm em chapa de inox (8 mm).
"[...] As obras de Volker Schnüttgen em aço, pendem para uma arquitectonização escultórica, preocupando-se com uma sensibilização para o acontecimento espacial que provocam, sem, contudo, descuidar das qualidades inerentes do material.
Todo o processo ao qual a chapa de aço é submetida - desde a quinagem e a soldagem - pretendem alcançar a terceira dimensão.
Deste modo as chapas criam interiores semi-abertos, abrigados por "tectos" ou "paredes", recortados/arrancados de um espaço antemão indefinido.
Sensibilizam-nos para a fronteira entre espaços limítrofes, vinculando as chapas para formar "pilares" laterais, ligadas entre si por outras chapas dobradas em forma de "viga" ou "arco" na procura da conquista do espaço. [...]"
Fonte - Gisela Rosenthal